O Estado brasileiro nunca teve olhos para a mineração, diz Raul Jungmann ao WW


O setor de mineração no Brasil enfrenta desafios significativos devido à falta de atenção do Estado, apesar de sua relevante contribuição econômica. Durante o WW desta sexta-feira (25) análise foi apresentada pelo diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann, que destacou a invisibilidade do setor, mesmo representando 4% do PIB nacional e 10% do PIB industrial.

Um exemplo claro dessa negligência é o Projeto de Lei 2780, que propõe uma política nacional de minerais críticos, mas permanece estagnado no Congresso Nacional há um ano. Embora o deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) tenha sido designado relator, não houve avanços significativos na tramitação.

Invisibilidade do setor

Segundo Jungmann, a mineração sofre com uma invisibilidade natural por ser um setor B2B (business-to-business). “Ninguém compra uma pedra, uma pepita de ouro, de nióbio ou de lítio”, explicou, ressaltando que todos os produtos minerados são transformados por outras indústrias.

Apesar de os minerais serem fundamentais para a civilização moderna e estarem presentes em praticamente todos os produtos industrializados, o setor não recebe a devida prioridade. Esta situação contrasta com outros países, onde já existem políticas específicas para o setor minerador.

Uma possível mudança neste cenário pode ocorrer ainda este ano. De acordo com Jungmann, o Ministério de Minas e Energia deve apresentar uma nova proposta para o setor no segundo semestre. O IBRAM, em conjunto com o Centro de Tecnologia Mineral, realizou uma análise comparativa em 16 países, constatando a necessidade urgente de o Brasil estabelecer políticas claras para o setor.



Fonte: CNN Brasil

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