A Justiça do Rio Grande do Sul condenou Emídio Marques Ferreira, ex-vice-presidente de Patrimônio do Sport Club Internacional, a 10 anos e seis meses de reclusão, em regime inicial fechado, e multa, pelos delitos de estelionato (209 vezes) e organização criminosa.
A decisão do último domingo (3) faz parte de uma operação que investigou crimes durante a gestão do ex-presidente do time, Vitorio Piffero, no biênio 2015-2016.
Conforme a denúncia, o delito de estelionato ocorreu após pagamentos, mediante apresentação de notas fiscais, de obras não realizadas nos locais de responsabilidade da Vice-Presidência de Patrimônio. Entre eles, o Estádio Beira-Rio, o Gigantinho e o Centro de Treinamento.
Conforme a decisão judicial, Marques Ferreira também terá de indenizar o Internacional. A decisão cabe recurso.
O processo foi separado da ação penal original, em que foram condenados Piffero, o ex-vice-presidente de Finanças e outros quatro denunciados pelo MPRS (Ministério Público do Rio Grande do Sul), em março de 2024.
A condenação aconteceu após desvio de quase R$ 13 milhões dos cofres colorados. Além da pena de prisão, os condenados devem ressarcir o clube de todos os valores obtidos indevidamente.
A CNN tenta contato com a defesa do condenado. O espaço está aberto para manifestação.
Relembre o caso
O ex-presidente do Internacional, Vitorio Piffero, e seu ex-presidente de finanças, Pedro Affatato, foram condenados por estelionato, organização criminosa e, no caso do segundo, lavagem de dinheiro, em razão de desvios milionários feitos durante a gestão do clube, entre 2015 e 2016.
Pelos crimes, Piffero foi condenado a pouco mais de 10 anos em regime fechado. Já Affatato pegou quase 20 anos de reclusão, também em regime fechado. Eles recorrem em liberdade.
Além dos ex-dirigentes, também foram condenados no processo empresários da construção civil e da contabilidade que participaram do esquema.
Fonte: CNN Brasil
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